Entrevista: experiências na área tecnológica e a descoberta da paixão pela robótica

O interesse pela área tecnológica surgiu cedo, ainda na escola, e levou Pedro Martins a fazer o curso técnico de eletroeletrônica no Senai e de Sistemas de Informação na Universidade Federal da Grande Dourados.

O seu primeiro contato foi com hardware foi soldando peças e projetando placas. A partir daí buscou novos desafios e descobriu a programação.

A paixão pela programação veio tarde, mas trouxe conhecimento, identificação e aprendizado. E, antes de compor o quadro de funcionários da Multimídia Educacional, Pedro passou por algumas empresas.

Nesta entrevista, Pedro compartilha sua experiência nessa área.

#1. Quando você iniciou sua jornada na Multimídia Educacional?

Fui contratado em dezembro de 2021 para trabalhar em regime de home office. Eu crio games educacionais e, agora, faço parte do projeto de robótica. O programa de robótica iniciou em março de 2022, mas eu entrei em agosto fazendo testes. Além da programação, precisamos projetar e pensar nas funcionalidades do robô.

#2. Como é esse projeto de robótica e quem é o público-alvo?

O projeto de robótica é voltado para escolas do ensino infantil até o ensino fundamental. Os alunos ganham um kit, que contém um livro, um software, um robô e peças complementares. Com o kit é possível trabalhar com diversos cenários, como por exemplo semáforo, torre de vigilância, carrinho de controle remoto etc.

As atividades atendem ao propósito de cada turma, por exemplo, para o ensino infantil, elas são mais básicas. Em contrapartida, para o 9º ano, as tarefas têm um nível mais alto de dificuldade.

O intuito é trazer a lógica de programação para o cotidiano do estudante. Para isso, pensamos em algo que seja divertido de aprender, pois, no futuro a programação será algo indispensável no dia a dia. No futuro breve, precisaremos do conhecimento básico em lógica de programação assim como temos em matemática e outras matérias dentro do ambiente escolar.

#3. Quais profissionais fazem parte do projeto de robótica?

A equipe é composta por profissionais de TI como programadores para o desenvolvimento da plataforma de programação em blocos e testes das programações do carro robô. Também conta com pedagogos para produção do material didático, engenheiros de hardware e software que ajudam na comunicação da programação em blocos com o Arduino e designers para fazer o desenho das peças dentro do material didático.

#4. Você já chegou a ter contato com alunos ou seu trabalho consiste mais na programação?

Não tive contato com alunos. O meu trabalho consiste no desenvolvimento do projeto. Eu sou responsável pela equipe de testes das atividades para garantir que estão funcionando. Também dou apoio em questões técnicas de hardware.

#5. Qual é a sua percepção do projeto e qual é o seu maior desafio?

O projeto é uma forma de introduzir a lógica de programação no cotidiano do aluno. É perceptível o quão benéfico isto será na sociedade. Hoje usamos tanto o celular ou o computador que nem paramos para pensar no que está por trás. É importante saber como as coisas funcionam e não apenas ser um refém do aparelho, esta é a visão sobre o projeto. O maior desafio é tentar, em simultâneo, fazer a atividade e ter de pensar numa forma de passar para quem não entende ou está começando agora ver o tema.

Eu mexo com eletrônica, programo, consigo desenvolver ou até pensar em estratégias para eu chegar no resultado. Mas e o outro? Então acredito que passar uma ideia — lado positivo e negativo — para terceiros seja a maior dificuldade, um desafio. O outro desafio é liderar com uma equipe, uma vez que sou responsável pelos estagiários que executam os testes do projeto.

#6. Quais são os próximos passos para esse projeto e vocês firmaram algum tipo de parceria?

Pretendemos deixar o projeto cada vez melhor, estamos estudando constantemente melhorias para deixar o carro robô cada vez mais fácil de ser utilizado, temos parcerias com colaboradores para pensar em soluções para o projeto, e também de testes para nosso material didático. Queremos aprimorar o projeto, criando vários tipos de robôs considerando o ano de cada turma, além de trazer mais sensores.

A Multimídia firmou uma parceria com o Centro Paula Souza para podermos oferecer horas complementares que funcionam como um tipo de estágio para os alunos da Etec.

Pedro Henrique Penha Martins — Graduando em Sistemas de Informação pela Universidade do Oeste Paulista - Campus Presidente Prudente e curso técnico de eletroeletrônica pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

É desenvolvedor da Multimídia Educacional e responsável pela equipe de testes do projeto de robótica. Trabalhou para a Manager Fashion como desenvolvedor Front-End, e liderou sua primeira equipe numa GameJam para gerenciar e programar a construção do jogo "FreeBird", ganhando o primeiro lugar em na regional.